22 setembro 2012
16 setembro 2012
Eleições 2012
Pelas pesquisas mais recentes, a probabilidade de Russomanno ir para o segundo turno é muito alta. Shit happens!
Então, suponha que seu candidato, Serra ou Haddad, ficou em terceiro lugar e está fora da disputa. E agora, José? Em quem você vai votar no segundo turno?
Escolha uma das quatro opções abaixo.
Opção 1. Seu candidato Serra ficou fora da disputa e você vota em Haddad.
Opção 2. Seu candidato Serra ficou fora da disputa e você vota em Russomanno.
Opção 3. Seu candidato Haddad ficou fora da disputa e você vota em Serra.
Opção 4. Seu candidato Haddad ficou fora da disputa e você vota em Russomanno.
Se você escolheu a opção 1, você tem tendência de direita, mas é politizado e bem informado.
Se você escolheu a opção 2, você tem tendência de extrema direita e demoniza os petistas.
Se você escolheu a opção 3, você tem tendência de esquerda, mas é politizado e bem informado.
Se você escolheu a opção 4, você tem tendência de extrema esquerda e demoniza os tucanos.
Existe também a possibilidade de você anular seu voto no segundo turno. Seria lamentável.
17 julho 2012
Olimpíada ou Olimpíadas
Se alguém pesquisar no Google
a frase “O termo no plural surgiu para não haver confusão com a Olimpíada dos
gregos”, encontrará uma enorme lista de sites que repetem literalmente um texto
idêntico, como se cada autor ali estivesse redigindo uma opinião pessoal. Ou
seja, copia-se apenas. Não há reflexão original. Mas se a gente for a um
dicionário, o Mirador por exemplo, só encontrará a forma singular: olimpíada.
Na minha opinião, a cada quatro anos temos uma olimpíada, no singular. Esqueçam
os gregos; eles nada têm a ver com a questão e a “argumentação” apresentada me
soa vazia.
03 maio 2012
Uma (pequena) decepção
Leitor assíduo que sou das crônicas
de Luís Fernando Veríssimo, sempre uma referência na arte de bem escrever, eis
que me surpreendo pela forma e conteúdo adotados na crônica “Os resistentes”,
publicada nesta quinta-feira no “Estadão”. Tenho a impressão de se tratar de
obra de algum ghost writer contratado
de última hora para finalizar esse compromisso do autor, envolvido talvez em outros
de urgência maior.
Algumas expressões usadas, como “digamos”
e “por assim dizer”, parecem não condizer com sua linguagem habitual.
Ao falar de “músicas galopantes”, vem
citada a “introdução da Cavalleria
Rusticana”. Não vejo nada de galopante nessa música. Não estaria Luís
Fernando Veríssimo talvez se referindo ali à abertura de Cavalaria Ligeira, de Franz von Suppé?
Mas o que mais me chamou a atenção
foi o emprego do pronome “você”. Já manifestei aqui minha particular
ojeriza por esse emprego indiscriminado, na linguagem diária, em que o “você” tanto pode significar
“eu”, como “nós”, “todo mundo”, “ele”, “eles”, “alguém” ou até mesmo “você”.
Não o havia encontrado ainda em Luís Fernando Veríssimo e, por essa mesma
razão, já identificara como apócritos muitos textos atribuídos a ele na internet.
Talvez o autor venha buscando assimilar o linguajar
atual. Atualizar-se é muito bom. Mas isso teria que acontecer justamente num texto
em que ele mostra, “por assim dizer”, certa repulsa ao celular?Fico com a hipótese de um ghost writer finalizando rascunho.
18 março 2012
Joãozinho vai à escola
Joãozinho
nem dormiu direito. Na véspera, tinha ido mal na prova de conhecimentos gerais.
Já previa o castigo: ficar sem televisão e internet.
Mas
a nota não havia saído ainda. Ele havia chutado quatro respostas e pode ser que
tivesse acertado pelo menos duas. Aí não ia ter problema de mostrar o boletim
pra mamãe.
Nem
conseguiu tomar café direito, antes de ir para a escola.
--
Vai deixar o iogurte de morango? -- perguntou a mamãe.
--
Ah, hoje não estou com vontade.
“Alguma
coisa aconteceu”, ela pensou. “Joãozinho é louco por iogurte.”
Joãozinho
passou pela casa de Waldick, o Dicá, e seguiram juntos para a escola. Todo dia
era assim.
--
Tá triste por quê, Joãozinho?
--
Que triste, Dicá? Está tudo bem.
--
Não parece. Brigou com a Nira?
Nira
era a Lenira, namorada de Joãozinho.
--
Não põe a Nira no meio.
--
O que foi, então? Você está diferente.
--
Ontem fui mal na prova. Mamãe vai ficar uma fera ao ver minha nota e vai me dar
aquele castigo de novo.
--
Chiiiiii!
Seguiram
o resto do caminho em silêncio.
Na
classe, a professora Arlene repassou as questões da prova. Repassava as
questões, dizia a resposta certa e explicava uma por uma.
--
Joãozinho, as cores nacionais são o verde, o amarelo e o azul. Você colocou
também o vermelho por quê?
--
´Sora, vermelho também é!
--
Quem disse isso?
--
Ô, ´sora, isso a gente vê em todo lugar.
Dicá
deu um sorriso maroto e falou baixinho, só para provocar:
--
Sem internet e sem televisão, viu?
E
você? Daria “errado” para a resposta de Joãozinho?
Assinar:
Postagens (Atom)