A empresa de consultoria alemã GFK divulgou nesta semana os índices de confiança de profissões e instituições no Brasil, tecendo um comparativo entre os resultados de 2010 e 2011. Das 20 categorias pesquisadas (já comentei no Facebook o fato de os bombeiros terem mantido a primeira colocação), somente três tiveram queda daquele para este ano: jornalistas (do 5º ao 7º lugar), profissionais de marketing (do 8º ao 11º lugar) e advogados (do 13º ao 14º lugar).
Evidentemente, não me agrada nem um pouco ver minha categoria caindo de posição.
Mas uma explicação pode estar no fato de que a fonte de notícia hoje já não são mais os jornalistas e sim todo cidadão que tiver um blog, um site, um e-mail, qualquer coisa que o ligue ao mundo via internet. Ou seja: o que vem perdendo credibilidade são as fontes de notícias.
Há pouco, por exemplo, veio à tona a verdadeira identidade de Amina Abdullah, a garota gay em Damasco: trata-se do americano Tom MacMaster. O canalha, naturalmente, logo terá inventado a desculpa de que inventou a garota gay em protesto por sabe-se lá o quê, só não reconhece ser um desonesto até o osso.
Mas se há alguém que inventa fatos o tempo todo é porque há público. Falta senso crítico de modo geral àqueles que simplesmente passam adiante qualquer bobagem, seja ela edificante, repugnante ou cômica. Qualquer um que já tenha pesquisado algo no Google pode comprovar isso. Como resultado, vem imediatamente um monte de “autores” com textos absolutamente iguais, a ponto de não se poder saber quem escreveu o original. Copia-se apenas.
Se as pessoas fossem menos crédulas e tivessem melhor senso crítico em relação às fontes, talvez não caísse a credibilidade dos jornalistas – os verdadeiros, evidentemente, aqueles que checam toda informação antes de divulgá-la na imprensa.
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